Falar a respeito dos Exus é algo muito complicado e delicado, porque sua força de atuação é maior e mais variada do que imaginamos .
Exu, no Ritual de Umbanda, é força ativa por excelência. E, como Guardião nas Trevas, tem uma função definida pela Lei Maior que nós não podemos colocar em dúvida.
O que é estabelecido religiosamente pela Lei Maior não pode ser questionado. No máximo deve ser explicado. É só com este intuito que vamos falar sobre Exu, o Guardião do Ponto de Força das Trevas.
Exu é uma das forças que atuam sobre o negativo de qualquer pessoa com o Dom Ancestral Místico de Incorporação Oracular, ou seja, os médiuns.
No Ritual Africano Antigo, Exu não é utilizado para trabalhos comuns, mas sim é considerado o elo de ligação do filho de fé com o seu Orixá. Ele é o mensageiro que leva nossos pedidos e, ao mesmo tempo, nos passa as ordens do Orixá.
No Ritual de Umbanda, Exu é mais uma entidade de trabalho.
Isso não quer dizer que existam grandes diferenças, apenas o modo de colocar esta força em ação é diferente.
O Ritual de Umbanda é a simplificação daquilo que muitos acham tão difícil de entender. Se no Ritual Africano tudo é oculto, no Ritual de Umbanda tudo é mais aberto.
O que toma o Ritual de Umbanda tão atrativo é justamente isso: ele não se assenta sobre o oculto, mas, sim, tira dele sua parte ativa, simplificando-o e tomando-o popular. Caem os tabus que poderiam criar dependência devido ao medo despertado pelo oculto. Pelo contrário, é através da revelação que o Ritual se toma tão atrativo.
Não existem segredos, mas sim mistérios, que se ocultam por trás de nomes simbólicos.
Mas mistério não é tabu!
Então vamos falar da entidade Exu no Ritual de Umbanda, mas não no Ritual Africano, porque senão criaremos muita confusão sem nada explicar.
Por uma lei que não pode ser questionada, porque foi criada por Deus, existe uma linha divisória separando o que é Luz do que são Trevas.
Já falamos dos pontos de força na Luz, mas também falamos sobre o seu lado negativo. Pois é nesse lado que Exu atua. Ali é seu ponto de força na Natureza.
Um Exu de Lei, ou Exu Guardião, está ligado a um Orixá Menor.
Ele, dentro de uma linha de força, não é um ente sem responsabilidade para com a Lei Maior. Muito pelo contrário, pois possui um campo de atuação bem definido.
Os guardiães dos Orixás maiores são apenas sete, um para cada linha de força. Cada um tem seus subordinados diretos, que por sua vez comandam outros setenta e sete subchefes de falanges.
Complicado, não?
Pois é isso mesmo, muito complicado!
Sete são as linhas de força, tanto no positivo quanto no negativo; sete são os Círculos Ascendentes, e sete os Descendentes; sete são os Símbolos da Luz, e sete são os Símbolos das Trevas; sete são os Degraus Ascendentes, e sete os Descendentes.
Mas o primeiro Ascendente é ligado ao primeiro Descendente, e assim sucessivamente.
O que muitos mostram é a subdivisão dos sete Exus originais, e nunca os próprios. Falar somente das subdivisões não esclarece muito!
Os sete Exus originais, ou do Nível 7, como já dissemos antes, não se manifestam, mas os do Nível 2 coordenam as manifestações dos setenta e sete do Nível 3 que cada um deles comanda. Esta coordenação é controlada pelos sete superiores.
Os Exus do Nível 3 têm liberdade de ação, pois os de uma linha de força, quando em ação, expandem o seu campo de atuação, entrando, às vezes, em outras linhas de força.
É nesse ponto que começa o verdadeiro movimento das entidades, com os choques de força nas Trevas e o consequente trabalho das linhas de Lei.
Por que isso ocorre?
Pela ignorância e maldade que os espíritos encamados ainda trazem consigo!
O uso da magia negativa ou dos pensamentos negativos não é exclusivo de um povo, mas está disseminado por toda a humanidade, e foi assim em todos os tempos. Não existe um povo sobre a terra que possa se dizer isento do uso da magia negativa. Todos a conheceram e a usaram .
Até aí a Lei permite, pois se assim não fosse não haveria a evolução dos espíritos. É com o uso constante de um instrumento que nós aprendemos como usá-lo devidamente. Se o usarmos mal ao realizarmos uma tarefa para alguém, nada receberemos em pagamento, além de perdermos tempo buscando a melhor forma de fazê-lo, e ainda corremos o risco de perder a matéria utilizada. Neste caso, teremos que ressarcir o prejuízo do dono da matéria.
Após errarmos diversas vezes, aprendemos como utilizar o instrumento, e passamos a ser considerados bons profissionais. Como estamos falando em forças regidas por uma Lei Maior, é neste momento que somos convidados a servir a esta Lei.
Isso é um Exu de Lei, alguém que conhece os mistérios da magia e que já cansou de ter prejuízo com o mau uso do instrumento colocado à sua disposição. Esta é a linha que divide o Exu de Lei dos quiumbas e eguns.
O Exu de Lei tem o seu “ponto riscado” ligado a um dos Sete Maiorais, os quiumbas e eguns, não. Estes são aqueles que estão no meio .
Mais dias, menos dias, serão colhidos pela Lei, e daí por diante serão doutrinados para futuro aproveitamento e para uma evolução sólida.
Os Exus que atuam através do Dom Ancestral Místico de Incorporação Oracular são aqueles que estão aprendendo a usar os instrumentos colocados à sua disposição.
Com o tempo, vão se aperfeiçoando e suas evoluções passam a ser mais rápidas. Quando descobrem o caminho menos espinhoso, usam de todas as suas forças para atingir um grau superior.
Para eles não existe a divisão entre Bem e Mal, só objetivos a serem atingidos. Se direcionados para o Bem, fazem-no à sua maneira, e se para o Mal, também.
Neste aspecto, eles se tomam controvertidos. São ligados à Lei, e são executores do carma, mas são, ao mesmo tempo, neutros.
O que quer dizer isso?
Vamos explicar.
Se por acaso temos um problema, e em dado momento clamamos aos Orixás, ou a Deus, saibam todos que, de alguma forma, nosso clamor será ouvido. Se tivermos merecimento seremos auxiliados na superação dessa fase de nossa vida. A Luz nos envia seus servidores para nos auxiliar. Tudo feito por amor a nós.
O mesmo se dá quando por inveja, ódio ou outro defeito do espírito humano, clamamos pelo auxílio das Trevas. Milhões de pessoas fazem isso todos os dias. Quando odeiam alguém, amaldiçoam-no e praguejam contra ele. Tudo isso são clamores às Trevas. Sem o saber, estão caminhando rumo a elas, já que aqueles que acorrem para auxiliá-los são os mensageiros das Trevas.
Será tão difícil entender isso? Não, basta querer!
Mas, voltando aos Exus, como atuam num campo restrito, eles somente se movimentam se alguém for até seu ponto de forças. Sem isso, eles, os Exus verdadeiros, não atendem a ninguém. E quando já despertaram para a verdadeira sabedoria, não atendem nem ao seu médium .
Que isto fique bem claro: Exu só age se for pago simbolicamente através de uma oferenda. Com isso ele se exime de culpa pela ação negativa. Quem o pagou é que é o culpado!
Um guia de luz age onde ele acha necessário; um Exu age quando lhe pedem e pagam. Aí está sua neutralidade. Se alguém tiver um dia que pagar, que pague dando uma prova material de sua ação. Esse é o primeiro ativador da ação do Exu, Guardião do Ponto de Força das Trevas.
Quanto aos espíritos que vivem no meio, estes sim são o que há de pior no astral. Eles não têm uma lei definida a regê-los, e onde veem uma oportunidade, começam a se impor sobre as pessoas.
Mas uma coisa deve ficar clara quanto ao modo de pensar e agir dos Exus que trabalham junto aos médiuns: eles são semelhantes a nós, e tomam o nosso lado quando algo ou alguém está nos prejudicando.
Este modo de ser os coloca no mesmo grau que nós, encamados, pois é assim que agimos. Quando um amigo leal está sendo prejudicado, tomamos sua defesa imediatamente.
Isso precisa ficar esclarecido para que possamos estabelecer uma regra ao estudarmos a entidade Exu, o Guardião do Ponto de Força das Trevas. Do contrário, nunca o entenderemos.
Ao Exu falta apenas o corpo carnal para que se iguale a nós.
Odeia, tem ciúmes, inveja e até um pouco de amor para dar a quem ele goste, ainda que dissimule muito bem.
Isso é algo que o iguala a nós. Quando todos entenderem isso, terão respostas para muitas indagações não esclarecidas.
Mas, deixando as emoções de lado e entrando na Lei que rege os Exus, vamos encontrá-los atuando fora do Ritual de Umbanda.
Os Exus que trabalham nesses centros são aqueles que já evoluíram o suficiente para perceberem que servir à Luz pode ser trabalhoso, mas é compensador. Os maiores guardiães estão com os seus comandados em constante evolução, e este trabalho é dado apenas àqueles que já têm um esclarecimento muito grande.
Por serem antigos, conhecem todos os meios empregados pelos quiumbas na atuação sobre alguém. Sabem também como contê-los quando estes se aproximam de centros espiritualistas acompanhando alguém que esteja sob sua ação.
É um trabalho discreto. Não traz a notoriedade, como no caso dos mentores que se manifestam como doutrinadores, curadores ou desobsessores.
Mas também não é para isso que estão lá, muito pelo contrário, querem fazer sua parte de forma velada. Quanto mais discretos, melhor.
Estão ali enviados por quem tem grau e pode ajudá-los numa evolução rápida. Quem os requisita para as linhas de força são os Grandes Mestres da Linha Branca.
Quando são designados para esse trabalho, ocultam os seus símbolos e suas vestes características.
A única coisa que os identifica como Exus é o cinto negro e sua pouca luz; têm uma forma plasmada bem definida, não fluida ou luminosa.
Mudam as vestes, mas os agentes são os mesmos; muda o ritual, mas a força atuante é a mesma; mudam as formas, mas os meios são os mesmos .
Se assim não fosse, estaríamos colocando em dúvida as próprias leis do Criador. E, como Ele é perfeito, dá a cada um segundo o seu grau de evolução, de entendimento e de poder de ação.
Mas, nesse caso, o poder de ação dos Exus é limitado. Não evoluem só no trabalho de desmanchar demandas ou magias negativas.
Sua função é a de guardar os locais de trabalhos de ordem espiritual e, após o término destes, proceder à limpeza astral, levando embora os espíritos que ainda não tenham merecimento para receber o amparo da Luz.
Tudo isso é Exu, o Guardião do Ponto de Força das Trevas.
Mas também é muito mais que isso.
São carcereiros responsáveis pela prisão de muitos dos espíritos que se rebelaram contra a Lei Maior.
Uma entidade de Luz não teria coragem de punir um espírito que só conheça a linguagem do Mal, mas um Exu guardião tem sua falange para executar esse trabalho, e o faz com muita disposição.
Não vamos pedir a um médico que vá prender assassinos perigosos. Os policiais são treinados para isso. Quem pensar o contrário desconhece as leis que regem a espiritualidade. E quem não entende, que também não se envolva na discussão, porque a Lei não aceita que a discutam sem conhecimento de causa. E jogar pedra no telhado alheio não é uma boa ideia, pois o tempo nos fará consertar as telhas que quebramos.
À Lei nada escapa. Podemos condenar os excessos dos Exus, mas nunca as entidades regidas por esta lei divina, a Lei do Carma.
Existe um ponto que precisa ser esclarecido para que nada fique sem resposta quanto à entidade Exu, o Guardião do Ponto de Força das Trevas:
Assim como existem anjos atuando sobre nós, também existem demônios infernais fazendo a mesma coisa. Como dissemos antes, os Exus têm um campo de ação limitado por Lei. Os demônios infernais pertencem ao oitavo e nono degraus descendentes, ou oitavo e nono círculos descendentes, ou oitavo e nono planos negativos, assim como os anjos pertencem ao oitavo e nono planos ascendentes. Transcendem, portanto, à atuação das sete linhas de força, que agem através da Natureza no Ritual de Umbanda, e, portanto, nada têm a ver com ela. Essas entidades infernais podem mudar o destino de um povo quando a Lei do Carma as coloca em ação.
Elas podem elevar homens ao poder governante, e depois, atuando sobre estes mesmos homens, fazerem com que não olhem para o bem do seu povo, levando-o à miséria, à fome, às guerras, à quebra das leis estabelecidas e até a uma afronta às leis divinas. Tudo
é possível quando essas entidades são movidas pela Lei do Carma.
Esta Lei tem um mecanismo que não é possível explicar em poucas palavras. Agem por Vontade Divina, e atuam sobre grandes regiões trazendo a dor e a miséria aos homens, tudo dentro de um ordenamento que, quando atinge seu objetivo, faz com que cesse o seu efeito para que o pensamento passe a ser remodelado, assim como o modo de agir das pessoas, moderando suas ambições, desejos e ódios.
E uma Lei Divina, e, portanto, perfeita!
Quando ela cessa sua ação, os anjos planetários voltam a agir em suas regiões de influência, restabelecendo o equilíbrio.
Esperamos ter deixado bem claro o que são essas entidades infernais, para que não haja confusão com a entidade Exu, o Guardião do Ponto de Força das Trevas, quando atua no Ritual de Umbanda.
A confusão surge quando as pessoas, depois de muito procurar, encontram os princípios da magia negativa pura. Esta magia é conhecida desde tempos que não são passíveis de constatação, nem pela história, nem pela arqueologia. A magia existe, tanto na Luz quanto nas Trevas.
Como todo instrumento que o homem descobre, uns fazem bom uso dele, enquanto outros fazem mau uso, ficando, esta magia, também sujeita ao sabor dos desejos humanos.
A Lei Maior condena quem a usa para o Mal com o confinamento no nono degrau descendente. De lá ninguém retoma. É o fim do espírito como entidade dotada de livre-arbítrio. Passam a ser demônios infernais, ou seus escravos.
Bem, voltando um pouco, temos a dizer que foi o uso da magia negativa que tirou a harmonia do nosso planeta no passado, sendo que até hoje seu equilíbrio não foi retomado.
Esta é parte da sentença divina que recai sobre a humanidade: aquilo que era para ser movido pela Lei Maior apenas para o aperfeiçoamento dos espíritos encamados, foi descoberto e usado por simples mortais que pensavam estar ganhando algo, tanto em poder quanto em riqueza material.
Teremos que conviver com eles até que a Lei Maior os remova da face da terra. Até lá, seremos atormentados por esses escravos dos demônios infernai s .
Aqueles que acham que têm domínio sobre esses demônios, na verdade, ao invocá-los, estão sendo seus instrumentos. Eles não negam os seus mistérios a quem envereda por suas trilhas sombrias; têm muitos servos escravizados na carne.
Assim como a Luz tem os seus servos atuando em benefício dos semelhantes, eles têm os seus, que vão distribuindo o Mal aos semelhantes.
Num tempo perdido, aqueles que cuidavam dos rituais achavam que poderiam controlar a vida e a morte, até mesmo a Natureza, se libertassem, através dos seus conhecimentos, essas entidades. Pensavam que teriam o domínio do mundo com este ato, achavam que poderiam se igualar a Deus.
Esta é a origem do mito Lúcifer, o Anjo Caído.
Quem sabe Lúcifer não tenha sido realmente um anjo que se excedeu e levou os homens à loucura? É também a origem do mito da Fonte da Vida, a fonte da eterna juventude.
Os antigos sacerdotes pensavam que poderiam viver eterna m ente na carne .
Muitos outros mitos da antiguidade, que nos chegam através de narrativas lendárias, têm todos eles suas origens nesse tempo perdido.
Não adianta procurar essas origens, elas não estão à disposição dos homens.
Foi por esse motivo, esse desejo dos homens em se apropriar do que não lhes pertencia, que os elementos da Natureza se revoltaram e causaram a perda do equilíbrio.
O ritual simples da Natureza se perdeu, e o caos se instalou sobre a face da terra. Os homens não se entenderam mais dai por diante, e a cada ciclo uma grande calamidade modifica todo o planeta. É a sentença divina que pesa sobre o nosso planeta.
Quando cessará a sentença, só Deus sabe.
Pois bem, esclarecendo a confusão podemos dizer que Exu de Lei não é demônio, é agente da Lei!
Um Exu não combate um mentor de luz. Ambos atuam sob uma mesma Lei .
Os demônios, quando colocados em ação, somente poderão ser barrados pela força dos Orixás.
As energias que eles movimentam são negativas e seus poderosos magnetismos são absorvedores de luz, tal como um “buraco negro”. E isso nada tem a ver com o Exu de Lei, que não interfere nas hierarquias estabelecidas.
O mesmo não ocorre com os demônios infernais, que se comprazem em quebrar qualquer hierarquia estabelecida, infiltrando-se naqueles que, por qualquer dos defeitos da alma, abrem-se à sua ação desequilibrada.
E preciso separar Exus de demônios infernais. Estes se apossam do mental, tanto de quem é médium quanto de quem não é. A eles não importa a religião da pessoa, mas tão somente que abra uma porta para sua ação maligna, para que possam trazer a dor e a miséria.
Que fique bem claro: demônio infernal luta para apagar toda a luz da face da terra. Já Exu, o Guardião do Ponto de Força das Trevas, é apenas o executor da lei, e está submetido às leis da Natureza.
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