Possuir um grande amor não é privilégio de poucas pessoas. Todo mundo tem a sua metade, que irá seu caminho em um determinado momento da vida. Essa pessoa especial é o ser que nos completa, que desperta em nós o sentimento de amor profundo, totalmente puro e desinteressado, ou seja, o amor verdadeiro.
Se você está lendo essas palavras significa que já encontrou seu grande amor, porém por razoes inesperadas essa pessoa não está ao seu lado.
Com a amarração amorosa você vai aprender e descobrir como fazer para reconquistar a pessoa desejada.
Na amarração amorosa existe um ritmo para que tudo aconteça, e a paciência é necessário. A pessoa amarrada vai ter sensações, sonhos, lembranças e sentir falta e quem encomendou o trabalho.
Além de aprender sobre amarração amorosa, você vai aprender também algumas magias para melhorar ainda mais seu relacionamento (quando a pessoa que vc ama estiver ao seu lado) e como fazer para consertar algumas coisas que talvez não estejam se encaixando perfeitamente.
Atributo: orixá da transformação, agente cármico a que todos os seres vivos estão subordinados, rege a “reconstrução de corpos” nos quais os espíritos irão reencarnar, pois todos nós temos o corpo físico de acordo com nossa necessidade de reajustamento evolutivo. Assim, todas as doenças físicas às quais estamos sujeitos são necessárias ao fortalecimento de nossos espíritos. Omulu não causa doença; ao contrário, ele a leva embora, a “devolve” para a terra.
Corresponde à nossa necessidade de compreensão do carma, da regeneração, da evolução, de transformações e transmutações existenciais. Representa o desconhecido e a morte, a terra para onde voltam todos os corpos, e que não guarda apenas os componentes vitais, mas também o segredo do ciclo de nascimento e desencarne.
É o orixá da misericórdia; está presente nos leitos dos hospitais e nos ambulatórios, é à sua invocação, nos momentos dolorosos das enfermidades, pode significar a cura, o alívio e a recuperação da saúde, de acordo com o merecimento e em conformidade com a Lei Divina.
Os tipos psicológicos dos filhos de Omulu podem ser fechados, amuados, sem jeito no trato social e apagados na conquista amorosa, tendendo ao pessimismo, com idéias autodestrutivas que os prejudicam no dia-a-dia. São um tanto solitários e melancólicos, podendo ser amargos com as pessoas. Por outro lado, para auxiliar alguém doente, são determinados, resistentes e capazes de enormes esforços. Podem reprimir suas ambições pessoais, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária e até de certa flagelação psíquica. São lentos, todavia de grande perseverança, sendo firmes como uma pedra quando querem algo. Assim, perdem a espontaneidade e a flexibilidade para se adaptarem aos imprevistos do caminho, tornando-se rígidos e resistentes às mudanças. Quando ofendidos, podem se tornar cruéis e impiedosos. São protegidos contra qualquer tipo de magia.
Aspectos positivos: os filhos de Omulu chegam a ser “esquisitos”, com seu temperamento controlado, saindo-se bem nos estudos e nas pesquisas, principalmente na medicina. São capazes de se anular para proporcionar bem-estar a terceiros, fazendo disso sua maior motivação na vida.
São amigos dedicados, exímios curadores, altruístas, e têm uma sensibilidade mediúnica apurada que pode ajudar a entender as dores. Estão presentes em nossa vida, prestando-nos auxílio quando sentimos dores, agonia, aflição e ansiedade.
Aspectos negativos: esquisitice, vaidade exagerada, maldade, morbidez, indolência e mau humor.
São desconfiados e rígidos, depressivos, melancólicos e ciumentos. Às vezes magoam, por insistir em só enxergar os defeitos alheios.
Florais de Bach: Walnut, Chicory, Mimulus, Willow, Mustard, Gorse e Crab Apple.
Florais de Saint Germain: Abricó, São Miguel, Allium, Saint Germain, Anis, Mangífera e Flor Branca.
Saúde: podem apresentar uma lentidão nas reações motoras e mentais, dificuldade na fala, retenção de líquidos e doenças de pele.
Metal: chumbo.
Signo: escorpião (regência de Plutão) -libertação do velho para que o novo se estabeleça.
Umbanda Pé no Chão Norberto Peixoto
Planeta: Saturno influencia na saúde (pele, ossos, dentes e cabelos, e tudo o que é limite do corpo físico) e na conscientização do resgate do carma individual, trabalhando o perdão para que nos liberemos dos impasses pretéritos.
Ervas: barba de pau, canela de velho, cedro e cedrinho.
Encontraremos nos sítios vibracionais dos orixás sempre os três reinos: animal, vegetal e mineral.
Os sete sítios vibracionais principais são: mar, praia, rio, cachoeira, montanha, pedreira e mata, os quais descrevemos a seguir:
Mar: tudo no mar é movimento. Seu incessante vai e vem é a própria pulsação da vida, com sua expansão e contração, cheia e vazante, levando tudo o que é negativo, transformando-o e devolvendo convertido em positivo. Seu próprio som expressa essa possante e magnífica transformação.
Praia: tem praticamente a mesma composição do mar, sendo condensadora, plasmadora, fertilizante e propiciatória. Faz um potente equilíbrio elétrico, desimpregnando, descarregando excessos e promovendo o equilíbrio da energia interna do indivíduo.
Rio: condutor, fluente, sem ser condensador, faz as energias fluírem, e também vitaliza. É muito importante numa purificação astro-física do indivíduo e na eliminação de cargas negativas.
Cachoeira: encontramos elementos coesivos das pedras (mineral) e água potencializada na queda da cachoeira, que produzem ou conduzem várias formas de energia. Como as águas fluem num só sentido, purificam, descarregam, vitalizam, equilibram e fortalecem o indivíduo com um todo (no físico-etérico).
Pedreira: reestrutura a forma, regenera, fixa, condensa, plasma e dá resistência mental, astral e física ao indivíduo.
Mata: condensa prana (energia vital), restabelece a fisiologia orgânica, principalmente a psíquica, fortalece a aura, o campo astral, o eletromagnetismo, a saúde, o mediunismo, plasmando forças sutis.
Montanha: mesmo procedimento acima, havendo predominância dos elementos eólicos.
Alguns tipos psicológicos associados aos orixás.
São necessários anos de vivência prática num terreiro para que nos aprofundemos neste assunto. Ponderamos que os traços psíquicos associados aos orixás não são definitivos nem se apresentam isolados um dos outros. Como todos ternos a influência do meio ambiente bio-psicosocial em que vivemos, e ao mesmo tempo das energias de todos os orixás, o comedimento, a observação arguta e a vivência no decorrer dos anos são os melhores parâmetros para o autoconhecimento e aprimoramento perante a vida. Portanto, o conhecimento da psicologia dos orixás é somente um dos muitos caminhos que nos fornecem referências de comportamento na busca do aperfeiçoamento humano e da evolução espiritual.
Os elementos materiais não são indispensáveis e não devem se tornar bengala psicológica. As vibrações dos orixás respondem à invocação pela força mental. Obviamente essa resposta varia de indivíduo para indivíduo. Experiências sacerdotais de vidas passadas utilizando essas energias fazem parte do inconsciente dos médiuns magistas da atualidade. Temos de considerar que a aparelhagem fisiológica do médium, quando vibrada junto com os guias por meio da incorporação, fornece abundantes fluidos que serão movimentados para a caridade.
Por outro lado, sabemos que os elementos materiais são importantes condensadores energéticos. Na prática do terreiro, aprendemos que, em determinados atendimentos, se utilizássemos só a força mental, os trabalhos ficaram por demais prolongados e muito cansativos.
Outro fato que reforça essa opinião é que somos naturalmente desconcentrados, ainda mais depois de duas a três horas de extenuantes passes e consultas, em que nos defrontamos com as mais inimagináveis mazelas humanas.
Elencaremos a seguir alguns condensadores energéticos e sua utilização no terreiro:
· álcool/fogo: transmutação, assepsia e desintegração de trabalhos de feitiçaria que estão vibrando no Astral.
· ervas: maceradas liberam prana (axé vegetal) pelo sumo das plantas; queimadas (fumo, defumação) dispersam seus princípios químicos no ambiente astro-etéreo-físico.
· som: atração, concentração ou repulsão de certas energias.
· guias: imantação da vibração do orixá para proteção e descarga do médium.
· pontos riscados: campos de força magnéticos de atração, retenção e dispersão, usados junto com os pontos cantados.
· pólvora: deslocamento do éter (ar) para desintegração de campos de forças muito densos.
· oferendas: agradecimento e reposição de axé (na umbanda não fazemos oferendas para trocar).
· água: imantação de uma maneira geral; descarga fluídica; meio condutor de fluidos que se quer fixar.
Devemos usar os elementos materiais com parcimônia e sabedoria, pois quando bem utilizados são valiosas ferramentas de apoio liberadoras de energias para os trabalhos de caridade, preservando o corpo mediúnico de maiores desgastes.
Sincretismo quer dizer “combinação de diversos princípios e sistemas”, ecletismo, amálgama de concepções heterogêneas. É o somatório de diferentes filosofias e fundamentos magísticos que tendem para uma igualdade, podendo ser diferentes na forma, mas semelhantes na essência. Por ser sincrética em seu nascimento e formação, a umbanda faz convergir para pontos em comum o que se apresenta sob diversas formas ritualísticas em todas as outras religiões do planeta. Ao contrário da opinião de zelosos religiosos, isso não a enfraquece doutrinariamente, não conspurca uma falsa pureza que outras religiões afirmam possuir e não a deixa menor do que qualquer culto ou doutrina mediúnica. Há de se comentar que a diversidade é da natureza universal, pois nada é igual no Cosmo, nem mesmo as folhas de uma única árvore. Assim, a umbanda se apresenta como a mais universalista e convergente das religiões existentes no orbe.
Também não podemos deixar de comentar o preconceito que ainda existe em relação à raça negra, particularmente a tudo o que é oriundo da África, o que se reflete irremediavelmente na passividade mediúnica. Esse atavismo acaba se impregnando nas pessoas que atuam na umbanda, pois ainda não somos perfeitos. Especialmente quanto à origem africana da umbanda (temos a origem indígena e a branco judaico-católico-espírita), lamentavelmente ainda persistem os ranços na busca de “pureza” doutrinária, como se tudo que viesse do continente africano fosse de um fetichismo sórdido e da mais vil magia negativa, o que não é verdade pois temos de ser fiéis à nossa história recente e à anunciação da umbanda na Terra. Se não fossem os africanos, não teríamos hoje a força e a magia dos orixás no movimento umbandista, embora saibamos que em muitas outras culturas esses conhecimentos se manifestaram, inclusive entre nossos índios, e, voltando no tempo, até na velha Atlântida. Porém, reportando-nos aos registros históricos mais recentes, sem sobra de dúvidas, foram os africanos que, no interior das senzalas insípidas e inodoras, inteligentemente sincretizaram os orixás com os santos católicos, perpetuando-os em berço pátrio até os dias de hoje. Vamos resgatar um pouco dessa origem, digna de todo nosso respeito.
Na época da escravidão, houve um sincretismo afro-católico denominado cabula, principalmente nas áreas rurais dos estados da Bahia e Rio de Janeiro, que, segundo pesquisas históricas, são considerados os rituais negros mais antigos de que se em registro envolvendo imagens de santos católicos sincretizados com orixás, herança da fase em que os cultos africanos eram reprimidos nas senzalas, onde os antigos sacerdotes mesclavam suas crenças e culturas com o catolicismo, a fim de conseguir praticar e perpetuar sua fé. No final do século XIX, quando ocorreu a libertação dos escravos, a cabula já estava amplamente disseminada na nossa cultura como atividade religiosa afro-brasileira.
Esse sincretismo foi mantido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas após a anunciação da umbanda como religião nascente, em 1908. Antes de sua origem oficial, era comum no Rio de Janeiro práticas afro-brasileiras similares ao que hoje ainda se conhece como cabula e almas e angola. Cremos que o surgimento e anunciação da umbanda, através da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, forneceu as normas de culto para uma prática ritual mais ordenada, voltada para o desenvolvimento da mediunidade e da prática da caridade com base no Evangelho de Jesus, prestando auxílio gratuito à população pobre e marginalizada do início do século passado.
Atualmente, podemos afirmar que é majoritária a presença dos orixás na prática doutrinária da umbanda. Inclusive cresce cada vez mais o culto com imagens simbólicas em formas originais africanas, pois o gradativo e crescente entendimento da reencarnação sugere à coletividade umbandista que é provável que muitos dos santos católicos já tenham reencarnado.
Vamos começar dizendo que essas entidades não são apenas de uma raça ou religião. Vêm de todos os lugares da terra e trazem ainda latentes os seus últimos ensinamentos religiosos, porém já purificados dos tabus criados pelos encarnados.
Todas as religiões são criações de Deus. Não existe uma religião ou ritual religioso que seja criado fora da ordenação divina. Sempre que se faz necessário. Deus cria as condições para que elas surjam na face da terra. Como uma gestação e um parto, exigem coragem e estoicismo. Como uma mãe que sofre para trazer um espírito à carne, e que, por isso é abençoada, os fundadores de uma religião também têm que ser fortes e pacientes. Suportam tudo por um objetivo divino e não se incomodam com o preço a ser pago. Simplesmente executam a sua missão com amor e dedicação a Deus.
Algumas religiões crescem rapidamente, tomando o lugar de outras mais antigas; outras nascem e se fecham após um crescimento limitado, porque seus fundadores se acham os eleitos e não dividem Deus com ninguém; outras nascem em meio à violência, e pela violência se impõem, fazendo de sua doutrina algo que se mantém destilando o ódio às outras religiões; outras nascem da sabedoria contemplativa da Ação de Deus sobre nós todos; outras, ainda, nascem da observação da Natureza que nos rege.
Isso sem falar daquelas que tentam penetrar na essência do Divino e ressuscitar aquilo que já morreu, tentando fazer com que o passado volte ao presente. Por isso seus fundadores são chamados de saudosistas pelos grandes mestres da Luz: choram pelo elo perdido com o passado, quando o poder e o saber dos mistérios sagrados era hierarquizado.
Nada é estático na Natureza, ou na religião. Deus é movimento e ação, assim também são os espíritos, encarnados ou não.
Muitas vezes queremos nos aproximar do Divino pela lei do menor esforço. Por isso Deus, Pai bondoso, permite que O reverenciemos pela fé, sem necessidade de penetrarmos em Seus mistérios. Mas mesmo nos rituais mais simples, surgem espíritos inconformados.
Aos que se conformam. Deus habita em seus corações pela fé que têm N’Ele, o Doador da Vida. Aos que querem penetrar nos Seus mistérios mais profundos. Deus também lhes é acessível. Se fosse para negar-lhes isso, não teríamos o raciocínio questionador. Tudo está aberto ao Saber!
Mas quem aprende, tem que saber como usar o que aprendeu. É neste ponto que os rituais da Natureza e os rituais espiritualistas saciam a sede do saber, constantemente em evolução. Por isso o Ritual de Umbanda é uma religião aberta a todos os espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados. Para ela afluem milhões de espíritos de todo o planeta, oriundos das mais diversas religiões e rituais místicos, mesmo de religiões já extintas, tais como a caldeia, a sumeriana, a persa, a grega, as religiões europeias, caucasianas e asiáticas.
Eles formam o Grande Círculo Místico do Grande Oriente. São espíritos que não encarnam mais, mas que querem auxiliar os encarnados e desencarnados em sua evolução rumo ao Divino. Atitude mais que louvável, e que indica que eles já se integraram aos seus dons ancestrais místicos.
O Ritual Africano entrou com as suas linhas de força atuantes, e os ameríndios, tais como os índios brasileiros, os incas, astecas e maias, os norte-americanos, entraram por terem sido extintos, ou por estarem em fase de extinção e não quererem deixar perder o saber acumulado nos milênios em que viveram em contato com a Natureza.
Por isso, tanto os negros africanos como os índios já desencarnados se uniram à Linha do Oriente, e fundaram o Movimento Umbandista ou Ritual de Umbanda, o culto às forças puras da Natureza como manifestação do Todo-Poderoso.
Cada um entra com o seu saber, poder e magia, mas todos seguem as mesmas ordens de trabalho. Podem sofrer pequenas variações, mas a essência permanece a mesma. A variante que se adaptar melhor irá predominar no futuro. Por enquanto, a Umbanda é um laboratório religioso para experiências espirituais.
Os Orixás permanecerão sempre como guardiães dos pontos de força da Natureza, porque eles lhes pertencem por outorga do próprio Criador de Tudo e de Todos. A linha de ação ainda será definida no futuro, mas os pontos de força permanecerão.
À medida que o Ritual vai se expandindo de forma horizontal no plano material, ao mesmo tempo vai fortalecendo as linhas de forças vertical e horizontalmente, pela difusão da Doutrina no astral.
Por ser um ritual de ação positiva sobre a humanidade, atrai milhões de espíritos sedentos de ação em beneficio dos semelhantes.
Milhões deles já foram doutrinados e anseiam por uma oportunidade de comunicação oracular com o nosso plano. Todos têm algo a nos ensinar e falta-lhes apenas a oportunidade.
Não se incomodam em se manifestar em templos humildes, cômodos pequenos, à beira-mar, nas matas, nas cachoeiras, ou mesmo numa reunião familiar. Estão sempre dispostos a nos ouvir e ensinar.
Sempre solícitos e pacientes, não se incomodam com a nossa ignorância a respeito dos mistérios sagrados.
Têm um saber muito grande, mas conseguem se comunicar de uma forma simples. Têm o saber que nos falta, e a paciência com os nossos erros que os encarnados não têm. São maravilhosos pela simplicidade que nos passam; substituíram os sacerdotes dos rituais da Natureza com perfeição.
Cada grupo de espíritos que acompanha um médium cuida de um grupo de pessoas, auxiliando-as na medida do possível e do permitido pela Lei. Entram em choque com as falanges das Trevas com uma coragem que nos falta; sofrem com as magias negativas dos sacerdotes das Trevas com resignação e estoicismo, nunca perdem a nossa alegria. Festejam nossas vitórias e amargam nossas derrotas.
Pulsam, como nós, por uma rápida aproximação com o Criador.
Ficam felizes quando os médiuns, chamados pela Lei, vêm ao encontro do dom de incorporação oracular, e se sentem derrotados quando alguns, por ignorância, os repelem. Vibram ao redor dos que vencem os obstáculos impostos pela Lei Imutável do Criador.
Quando damos provas de que estamos aptos a suportar as cargas de ordem espiritual, formam grande falange de trabalho ao nosso redor. Quanta grandeza na humildade dos servidores invisíveis da Luz e da Lei !
Não há distinção de raça, origem religiosa ou cor Branco ou negro, feio ou bonito inexistem para eles. Estes são atributos materiais que não importam. O que interessa é a beleza da alma, é o valor do caráter, é o dom puro da simplicidade. Amam a todos e sabem que a carne é somente um veículo transitório para o espírito eterno. Tudo isso os toma queridos e respeitáveis.
É essa aceitação por parte do povo que toma o Ritual de Umbanda alvo de criticas, as mais ferinas possíveis.
Outros sacerdotes que estudam leis religiosas, que cursaram escolas especializadas e adquiriram grau hierárquico perante a sociedade civil e religiosa, não compreendem como pessoas com pouca escolaridade, que trabalham duro o dia todo ganhando o seu abençoado pão, podem, após um banho de descarga, ser portadoras de espíritos de luz, a verdadeira manifestação da Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Esse dom encanta a todos que o conhecem sem tabus.
Isso é o Ritual de Umbanda, tão combatido e, ao mesmo tempo, aceito de uma forma crescente, o que chega a assustar.
Amaldiçoam-no incessantemente através dos meios de comunicação. Fazem chacotas das formas simples de manifestação das entidades. Dizem que é obra do demônio. Tudo porque ele se expande de forma horizontal, abalando os seus feudos religiosos, tirando o poder que tinham sobre os seus fiéis, dilapidando seus tesouros materiais.
Alguns mais espertos, e são muitos, se organizam em verdadeiras máquinas de poder. Usam o Ritual de Umbanda como espantalho para amedrontar os que estão perdidos no meio do caminho, e com isso tomam o último centavo desses pobres incautos, aumentando suas riquezas materiais. Muitas vezes usam até meios de comunicação eletrônicos, como o rádio e a televisão.
Mas eles não sabem que quando ganham em nome de Deus, D’Ele são devedores, e que terão que pagar até o último centavo tirado dos seus semelhantes. A tudo isso os “guias” veem com tristeza. Sabem que, de pessoas assim, o inferno está cheio e que muitos outros irão adentrá-lo no futuro. Só não vê quem não quer, ou quem ainda ignora as leis de Deus.
O Tempo os fará beber da água que um dia sujaram, pois ele é sábio e não tem pressa. Tudo tem sua hora, e isso os mentores do Ritual de Umbanda sabem. Por isso não se vê a revolta nem o fanatismo no Ritual de Umbanda.
Eles não pregam a intolerância religiosa, mas sim o amor a todos como criação do mesmo Pai. Não existem dois deuses, apenas Um, e Ele é tolerante com nossa ignorância a respeito dos Seus desígnios e mistérios.
Por tudo isso é que a Umbanda já deixou de ser uma seita, e é uma religião. Porém, por ordem da Lei, ela é mantida dentro de uma linha de expansão horizontal, tudo sob a direção dos espíritos que se manifestam em seu ritual através do dom ancestral místico de incorporação oracular.
“A Guardiã dos Lagos e Águas Calmas dos Estuários”.
Como todos os outros Orixás, Nanã é uma guardiã que tem seu ponto de força na Natureza. E, como divindade, seu ponto de força localiza-se nos lagos, mangues e rios caudalosos.
De todos os Orixás, Nanã é quem tem um mistério dos mais fechados, pois o seu lado negativo ou escuro é habitado por entidades com um poder enorme. Como Guardiã do Ponto de Força da Natureza, os Lagos, sua manifestação é quase imperceptível. Mas, como os próprios lagos, oculta em sua profundeza muitos mistérios. Aqueles que tentam desvendar esses mistérios, quase nada conseguem, além de ver suas margens.
Nanã, como Orixá, é fechada às pesquisas de sua força ativa.
Mesmo quem a tem como Orixá de frente, consegue penetrar muito pouco em seus mistérios. Diríamos mesmo que, num lago, quem se aprofundar demais, pode não retomar à tona. Mas aqueles que tomarem as devidas precauções ao penetrar em seus domínios, à medida que forem se aprofundando, irão se modificando, pois como um lago, ela é absorvente. Quem se aprofundou em seus mistérios sofreu uma grande transformação em seu modo de ser e de agir.
Nos lagos e rios caudalosos existe um magnetismo absorvente poderosíssimo. Não emanam energias através do espaço, como os outros pontos de força, mas têm o seu próprio campo magnético absorvente, que varia em tomo de sete a setenta e sete metros, a partir de suas margens.
Esta faixa é o seu campo de ação, localizado dentro de seu ponto de força, os lagos. Ali reina a calma absoluta, quebrada apenas pelos animais que vão até lá para se banhar. Tudo ali traz uma calma que não encontramos nos outros pontos de força da Natureza. Isso é parte do próprio modo de ser de sua guardiã.
Como Orixá, sua manifestação é através de movimentos lentos, porque traz em si uma energia e magnetismo muito fortes. Seus movimentos são lentos e cadenciados.
O silêncio é regra de ouro para Nanã. Quem se aprofunda, vê que é melhor observar muito antes de se manifestar sobre um assunto.
Quem tiver a oportunidade de ir à beira de um lago ou rio caudaloso poderá sentir essa calma absorvente.
As pessoas muito agitadas não conseguirão ficar muito tempo à beira das águas calmas. Suas vibrações ativas não se harmonizarão com as vibrações passivas daquelas águas. Mas se tiverem paciência e repetirem esta experiência várias vezes, terão seu campo vibratório
descarregado e magnetizado pelas águas calmas, modificando, assim, o próprio modo de ser. Ganharão mais equilíbrio e agirão com mais ponderação.
Tudo isso é Nanã Buruquê, a Guardiã do Ponto de Força da Natureza, os Lagos e Águas Calmas. E também é mais. É a guardiã do ponto de força das águas estagnadas, quando vibrando à esquerda, no seu lado negativo.
A força de atuação dos elementos é distribuída por todo o sistema circulatório de uma pessoa. Quando essas forças são ativadas por aqueles que as conhecem, são de uma ação fulminante. O negativo, ou ação negativa das águas paradas, tira de uma só vez todo o equilíbrio da pessoa, agindo através dos líquidos do organismo humano. São tão fulminantes, porque o corpo humano é formado em sua maior parte por água. Ao atuarem nessa parte do corpo, este se desequilibra e as doenças espirituais se manifestam, trazendo consequências perigosas.
Por tudo isso é que Nanã, a Guardiã do Ponto de Força da Natureza, os Lagos, é tão misteriosa, desconhecida mesmo da maioria dos umbandistas. Não interessa à própria guardiã revelar os seus mistérios. Quem quiser que fique em sua superfície e não tente se aprofundar muito, pois poderá ser tragado para o seu fundo escuro, e não mais voltar à tona.
Nanã também é a guardiã dos estuários dos rios. É onde as águas doces encerram sua longa caminhada rumo ao mar. É quando o rio é absorvido pelo oceano.
Pelo lado místico, ela é também uma divindade que acompanha o nosso fim na carne, assim como nossa entrada, em espírito, no mundo astral.
Como cada rio se conduz a um ponto geográfico, nós também nos conduzimos a um ponto astral. Nesta porta de passagem também está Nanã, atuando sobre o nosso carma, conduzindo esta transição com calma, pois não se pode apressar um espírito, sob o risco de ele
não tomar conhecimento da sua transição de um plano vibratório a outro. Tudo isso é Nanã, a Guardiã do Ponto de Força da Natureza, os Lagos e Águas Calmas.
Nanã é também a guardiã do ponto de força da Natureza que absorve as irradiações negativas que se acumulam no espaço, trazidas pelas correntes energéticas que envolvem a crosta terrestre.
Esses pontos de força, por serem absorventes, atraem com o seu magnetismo uma grande parte das forças negativas criadas pelas mentes humanas nos seus momentos de angústia, dor ou ódio. Suas “águas” têm o poder de absorvê-las, e isto é feito de uma forma que não é permitido explicarmos completamente.
Podemos dizer apenas que são pontos de força atrativos e absorventes como para-raios, descarregando todas as irradiações captadas.
Nanã também é um dos Orixás mais respeitados no Ritual de Umbanda por se mostrar como a nossa vovó amorosa, sempre paciente com nossas imperfeições como espíritos encamados tentando trilhar a senda da Luz. À avó que sempre nos acolhe e orienta quando estamos inseguros em relação ao caminho a seguir.
As entidades que se manifestam através do Dom da Incorporação Oracular, e que são regidas pelo Orixá Maior Nanã Buruquê, são grandes conselheiras, sendo que esses conselhos, se ouvidos com atenção e seguidos à risca, nos conduzem a uma calma interior que somente o seu ponto de força na Natureza nos transmite.
Podemos afirmar com toda segurança que o seu ponto de força é absorvente quando orientado para nos auxiliar, e destrutivo, desequilibrador e desarmonizador quando voltado contra nós. Mas sua função na Natureza, como acumulador de água e regenerador da vida,
é indiscutível: à volta dos mangues, lagos e rios caudalosos, a vida animal e vegetal é abundante e rica.
Por tudo isso é que nós a saudamos sempre com estas palavras: Salubá, Nanã Buruquê!
O sentido com que vamos nos referir à Justiça não é aquele como ela é entendida pelos homens, mas sim como os guardiães dos mistérios sagrados a entendem e executam. Muitos já a interpretaram, como aqui também faremos. Porém procuraremos fazê-lo de uma forma simples, pois nosso desejo é simplificar para aperfeiçoar o que está muito complexo, e não o contrário. Vamos começar dizendo que existem dois livros: o Livro Branco e o Livro Escuro! Damos o nome de “Livro” aos dois lados da mesma moeda: a Luz é o Livro Branco; as Trevas, o Livro Escuro. O positivo e o negativo, o alto e o baixo, o amor e o ódio, o bem e o mal, a visão e a cegueira, a criação e a destruição. Estes são, portanto, os “dois livros”: o branco e o escuro, a ascensão e a queda. Tudo o que é escrito em um deles, por nossas palavras e ações, é automaticamente anotado no outro. O que fazemos na Luz, as Trevas anotam; o que fazemos nas Trevas, a Luz anota. Estes são os dois lados do equilíbrio. Nada passa em nossa vida que não esteja anotado nesses livros. Todos os homens possuem esses dois lados. Se agirmos com o máximo de timidez e discrição para não sermos notados por seus escribas, provavelmente estaremos registrando nossa omissão nos livros da Lei. Então, devemos procurar entender a Lei do Equilíbrio que rege o Ritual de Umbanda. Vamos a ela: • Ninguém pode desafiar o Criador sem responder com a anulação do seu livre-arbítrio. • Ninguém pode desafiar as Trevas sem pagar o seu preço, que é viver o horror dos seus tormentos. • Ninguém deve usar o poder da Luz em benefício próprio, se antes não conhecer o poder das Trevas. • Ninguém pode usar o poder das Trevas, se antes não conhecer o poder da Luz. • Quem vive para a Luz, habita na Luz e reina sobre as Trevas. • Quem vive para as Trevas, por elas é habitado e padece quando exposto à Luz. • Quem menospreza as Trevas não conhece o poder de equilíbrio e é um falso conhecedor da Luz. • Quem menospreza a Luz desconhece o seu poder, e ainda não está preparado para absorvê-la. • Quem se entrega à Luz, deve sempre lutar contra as Trevas. • Quem se entrega às Trevas, foge da Luz onde quer que ela exista. • Quem se furtar a servir à Luz ou às Trevas, pertencerá a quem habita o meio, isto é, a ninguém. • Quem é de ninguém, e vive no meio, sofre o choque de cima e de baixo; quem é de ninguém, a ninguém pode pedir proteção. • Quem não tem uma lei a regê-lo, será regido pelos sem lei. • Quem ama a Luz, pelas Trevas será tentado. • Quem vive nas Trevas, à Luz terá afrontado. • Quem serve à Luz, com a Luz será servido. • Quem serve as Trevas, com elas será servido. • Quem distribui a Luz, às Trevas terá vencido. • Quem distribui as Trevas, à Luz terá ofendido. • Quem à Luz procura, pelas Trevas será confundido. • Quem procura as Trevas, à Luz não terá conhecido. • Quem busca as Trevas, pela Luz será abandonado. • Quem busca a Luz, o poder das Trevas terá sentido. • Quem foge das Trevas, na Luz será acolhido. • Quem foge à Luz, o manto das Trevas terá estendido. • Quem nutre as Trevas, na Luz não será nutrido. • Quem nutre a Luz, às Trevas já terá nutrido. • Quem busca o equilíbrio já foi desequilibrado. • Quem se equilibra, jamais será um desequilibrador. • Um equilibrador poderá ser desequilibrado, se não tomar cuidado com os seus passos, pensamentos e sentimentos íntimos. • Quem doar sua luz, a ela terá aumentado. • Quem apagar a luz alheia, à sua própria estará apagando. • Quem menosprezar o poder das Trevas, pela Luz será menos prezado. • Mas quem menosprezar o poder da Luz, pelas Trevas será tragado. • Quem quiser combater as Trevas, precisará ter a Luz em si mesmo . • Quem combater a Luz, terá as Trevas à sua volta. • Quem não se mantém na Lei, pela Lei é marcado. • Quem pela Lei é marcado, traz nesta marca o seu pecado. • Quem esconde sua marca tenta ocultar o seu pecado. • Quem expõe sua marca quer se redimir do seu passado. • Quem se redime do seu passado trouxe a Lei para seu lado. • Quem foge da Lei, pela Lei será abandonado. • Quem desafia a Lei, pela Lei será castigado. • Quem serve à Lei, pela Lei será amparado. • Quem se oculta à Lei, pela Lei será ocultado. • Mas quem revela a Lei, pela Lei será revelado. • Quem busca a Lei, pela Lei será encontrado. • Quem encontrar a Lei, irá querer viver a seu lado. • Quem vive a Lei, à Luz terá encontrado. • Quem encontra a Lei, às Trevas terá abandonado. • Mas quem serve a Lei, terá as Trevas dominado, e por elas não será subjugado. • Quem domina as Trevas, faz delas um aliado. • Quem usa isso com equilíbrio, já terá se equilibrado. • Quem não desafia as Trevas, por ela não será atormentado. • Quem não se serve das Trevas, pela Luz não será incomodado. • Quem não sofre o incômodo da Luz, pelas Trevas não será castigado. • Quem caminha com equilíbrio, tanto tem a força da Luz como a das Trevas ao seu lado. • Quem sofre o choque, tanto da Luz quanto das Trevas, será logo desequilibrado. • Quem sobe a montanha da Lei, à Lei terá encontrado. • Mas quem dela foge, é porque a terá desrespeitado. • Quem não sabe o que está escrito nas Tábuas da Lei, pela Lei será ignorado. • Quem não compreende o sentido da Lei, não o tem procurado. • Mas quem o procura, à Lei já deve ter encontrado. • Quem sabe o sentido da Lei, vive sob o seu legado. • Quem traz a Lei, é por ela abençoado. • Quem traz a bênção da Lei, pela Luz é amparado. • Quem pela Luz é amparado, não caminha para o outro lado. • Quem pesa a Lei, pela Lei será pesado. • Quem conhece o peso da Lei, por ela já foi esmagado. • Quem se levanta diante da Lei, à Lei está submetido. • Quem se ajoelha diante da Lei, conhece-a, e a ela está subjugado. • Quem à Lei se submete, está por ela amparado. • Quem a Lei ampara, jamais será dobrado. • Quem a Lei dobra, jamais a esquecerá. • Quem da Lei se esquiva, pelas trevas irá caminhar. Eis aí alguns mistérios de Xangô, o Orixá da Justiça, o Guardião dos Mistérios da Justiça, Senhor do Fogo, e como tal age quando decide punir os que afrontam à Lei. Muitos que caminham na escuridão deveriam conhecer Xangô, o Orixá da Justiça Divina. Então descobririam o seu significado: a Lei é como rocha. Mas ninguém caminhará seguro se seu peso estiver sobre seus ombros, e lentamente se sentira aniquilado. Que todo o mediador entre os dois planos da vida saiba onde está a linha do equilíbrio que deve trilhar para não ser desamparado por Xangô. Como Guardião do Ponto de Força da Justiça, ele sempre estará disposto a nos ouvir. Se a nossa demanda for justa, ele nos amparará; se for injusta, nos esclarecerá. Se ainda assim não o ouvirmos, aos rigores da Lei seremos chamados. O seu reverso são os rigores da Lei. Sua luz é o amparo, seu fogo é a purificação, pois somente no fogo o minério bruto e imperfeito é fundido para depois ser amoldado. Tendo têmpera, será então remodelado, e à Lei se submeterá. Que ninguém use os mistérios da magia para prejudicar a quem quer que seja, porque senão irá passar pela balança de Xangô, o Orixá da Justiça. E o peso da Lei atira qualquer um nas Trevas. Que todos saibam que os Orixás que incorporamos sob os nomes de “Xangós” são os mesmos que pesam as nossas ações, boas ou más, não importa. O que importa realmente é nos aconselharmos com eles. Eles não se negarão a nos ensinar tudo sobre o Livro Branco e o Livro Escuro. Talvez, de todos os Orixás, Xangô, apesar de sério e calado, é quem mais goste de “falar” sobre a Lei. Todos que tiverem paciência para procurá-lo, serão lentamente envolvidos por seus fluidos energéticos equilibradores e serão esclarecidos. Que ninguém atire uma pedra em seu semelhante, pois poderá estar afrontando o Senhor da Justiça. Que ninguém demande contra o semelhante, pois poderá estar demandando contra o próprio Senhor da Justiça Divina. Se todos procurassem conhecer os mistérios de Xangô, iriam agir com equilíbrio para não serem inscritos no Livro Escuro. Quando alguém é inscrito nele, será executado de acordo com o que foi anotado no Livro Branco. Eis por que existe o Xangô da Pedra Preta e o Xangô da Pedra Branca. O da Pedra Branca ampara, enquanto o da Pedra Negra executa. Existe também o Xangô das Cachoeiras que purifica, assim como o do Fogo, que queima o que há de ruim em nós, como também o da Terra, que ampara os que caíram, aguardando que despertem. Existe também o dos Raios, que é quem nos traz as leis divinas do Alto até a terra, assim como o Xangô do Tempo, aquele que julga a duração das penas da Lei. Estas são algumas formas de agir do Guardião da Justiça. Que ninguém desafie a Lei Divina, senão encontrará muitas pedras no seu caminho. Todas elas colocadas pelo Senhor Xangô, o Orixá da Justiça e do Fogo Purificador dos Pecadores.
Quando falamos em Oxóssi, logo nos vêm à mente os caboclos.
Na Umbanda, os caboclos têm uma função relevante, pois são eles que assumem a frente nas linhas de trabalho dos médiuns. Os caboclos são o elo de ligação do médium com os Orixás.
Tudo o que dissermos a respeito dos caboclos será pouco em relação ao intenso trabalho que realizam.
Muitos pensam que eles são somente os guias altivos e altruístas da Umbanda. Nada disso! A realidade é bem diferente.
Os caboclos de Oxóssi são todos doutrinadores no astral. Seu campo de ação é imenso. Temos caboclos trabalhando em todas as sete linhas, cada uma com uma vibração própria. Existem centenas de nomes de caboclos. Muitos são conhecidos, famosos mesmo, outros quase não se apresentam por seus nomes.
Cada mediador de Umbanda tem em sua linha de força um caboclo doutrinador, muitas vezes desconhecido do próprio mediador.
E por que acontece isso?
Porque o trabalho desses doutrinadores raramente é realizado quando estão incorporados.
Esta qualidade só é mostrada ao médium quando o mesmo firma suas linhas de força para o trabalho de choque. Só então lhe é revelado o verdadeiro doutrinador que o acompanha, e que traz consigo uma infinidade de outros espíritos com essa função, muitos doutrinados recentemente. Quantas entidades que se apresentam como baianos, boiadeiros, marinheiros ou Exus não foram doutrinados por caboclos?
Nas linhas de caboclos estão ocultos sob formas plasmadas grandes sacerdotes desencarnados já há muitos séculos, muitos sábios, filósofos, professores e sacerdotes dos mais variados rituais, alguns já em fase de extinção.
Vamos explicar mais um pouco o que é a Umbanda e suas linhas de força no astral.
O movimento dessas linhas de força envolve todo o globo terrestre.
Se por acaso um mediador estiver no continente europeu, e for a uma cachoeira fazer uma oferenda à Orixá Oxum, uma infinidade de espíritos, que não militam no movimento umbandista que se faz no Brasil, acorrerão para assistir, pois lá como aqui o ponto de força da Natureza sob a guarda da Orixá Maior Oxum, a cachoeira, tem à sua volta legiões de espíritos afins.
Não é só no Brasil que a cachoeira é um ponto de força da Natureza, no mundo todo ela o é.
Então, voltando às matas e aos caboclos que incorporam nos mediadores, chegamos ao Orixá Oxóssi, um dos ancestrais místicos, essência pura do Criador, que atua através do ponto de força da Natureza, as florestas.
Sob o domínio de Oxóssi existem milhares de falanges de trabalho, todas elas com suas ordens e campo de ação próprios.
Para quem tem o dom da vidência, é lindo entrar em uma mata e ver a infinidade de espíritos que ali habitam. Não são apenas de “índios”, mas uma infinidade de espíritos. Isso porque as árvores
em particular, e as plantas em geral, emitem uma radiação astralina positiva, energizadora, purificadora e curadora.
Complicado? Nem tanto.
As matas emanam uma energia etérea que é muito utilizada para curas espirituais. São as essências etéreas das ervas que lá existem, e que são usadas pelos espíritos na cura das almas doentes. Almas estas que ainda sentem os efeitos das doenças materiais, ou doenças do corpo humano carnal que já possuíram.
Vejamos os índios: quando foram encontrados pelos europeus, não tinham as suas doenças contagiosas, nem sofriam das chagas que os brancos europeus tinham, e não sabiam como curá-las.
Isso se deve à poderosa radiação que emana das árvores, e que toma o ar saudável, não propagador de doenças. Sua poderosa radiação atua através dos poros, tomando-os impregnados de fluidos puros e eliminadores de certas bactérias.
Certos rituais naturalistas dizem que ao abraçarmos uma árvore esta absorve todas as energias negativas ao redor de nossa aura.
O contato com a água de cachoeira limpa a aura, assim como o mar também a limpa e fluidifica. Mas o contato com as árvores limpa, fluidifica e impregna os nossos poros e chacras com o seu fluido, que age como um poderoso antibiótico contra as larvas astrais.
Aí reside o mistério do poder regenerador das árvores.
Certas plantas, tais como as rosas, são emissoras de radiação benéfica, mas de efeito pouco duradouro e, como a arrusa, são muito sensíveis às cargas de radiação negativa e podem morrer se a descarga for mui to forte.
Já as árvores não. Elas absorvem a carga de radiação negativa e a descarregam na terra ou lançam-na no ar, onde ela se desfaz. A seguir começam a emitir os seus fluidos benéficos que aos poucos vão nos impregnando com seu poder curador.
Por que os passeios em bosques são tão bons?
Por tudo o que foi dito. O efeito se faz sentir sem que as pessoas percebam. É a Natureza agindo em beneficio de quem não conhece o seu poder benéfico, e até a destrói quando dela se aproxima. Quantos não pisam ou arrancam pequenas mudas de árvores quando caminham nas matas? Se soubessem o dano que estão praticando, não fariam isso.
As árvores não só são purificadoras do ar, como também são emissoras de fluidos etéreos vivificantes, que são levados pelas correntes energéticas espirituais que alcançam não só a crosta terrestre, pois penetram em outras dimensões da vida.
Essas correntes energéticas espirituais fazem circular no sentido sul-norte, através do campo magnético, os fluidos etéreos que purificam a crosta terrestre, e no sentido norte-sul, os fluidos etéreos que a vivificam.
Quando no sentido sul-norte, as correntes continuas vão purificando o globo e todas as irradiações pesadas são diluídas. São correntes magnéticas espirituais de uma força não mensurável pelo homem. Num futuro longínquo, quando uma nova era chegar, detectarão essas correntes através de aparelhos sensíveis. Mas, até lá, muitos duvidarão de sua existência. Quando no sentido norte-sul elas vão derramando sobre a crosta fluidos microscópicos que são em grande parte absorvidos pelas plantas durante a noite. Isso faz com que as plantas mantenham uma “aura” forte, e que sejam utilizadas por milhões de seres elementares da Natureza, que absorvem sua seiva vital etérea como alimento. Qual é o alimento que por si só, sem adição de mais nada, pode se comparar ao mel das abelhas (que o produzem a partir de uma pequena parte das plantas, o pólen das flores)? Não há outro alimento tão perfeito. Não se deteriora, não apodrece, não cheira mal, apenas se cristaliza.
Eis o poder das matas, das plantas em geral e das grandes florestas .
Tudo o que foi comentado até agora, foi para podermos explicar o campo de ação de Oxóssi, o Guardião do Ponto de Força da Natureza, as Florestas. Seu campo é o Vegetal. Nas matas sua energia é extraordinária.
Voltando aos caboclos, eles são os agentes de Oxóssi, a força cósmica, o guardião místico ancestral do ponto de força da Natureza, a s matas .
Os caboclos são espíritos já com alto grau evolutivo, oriundos de todos os povos.
Encontramos caboclos índios verdadeiros, e também aqueles que plasmam esta forma por causa da afinidade que têm com as matas.
Um árabe, criado no deserto escaldante, não é um “índio”. Mas os templos de Umbanda os recebem aos milhares pois, com o saber dos séculos e depois de doutrinados pelos Orixás menores de Oxóssi, tomam-se bons guias espirituais.
O mesmo acontece com religiosos de outras partes do planeta que, quando necessário, plasmam essa forma para melhor desempenhar suas funções dentro do Ritual de Umbanda.
Eis por que esses guias não falam uma palavra sobre ou contra outros rituais, e os filhos de Umbanda não têm qualquer preconceito religioso ou de raça. Nos seus templos, todos são aceitos. Tanto faz quem venha até eles, o importante é o que os levou até ali. Isso é o
que importa!
Se outras religiões quisessem, aprenderiam muito com o Ritual Sagrado de Umbanda.
A primeira coisa que aprenderiam seria a reverência para com toda a (Criação Divina. A segunda seria a caridade sem limites, tal como os mediadores a praticam. Não olham o risco que correm ao lutar contra as forças das Trevas. Isto sim é caridade!
Isto é o que fazem os médiuns de Umbanda: quando faltam forças a alguém, eles o auxiliam até que ele se refaça. Depois que a pessoa já está fortalecida, eles se afastam sem exigir que ela se converta ao seu ritual. A caridade não tem preço, nem recompensa material e não implica conversão religiosa das pessoas.
Temos também a humildade: para praticar o seu ritual precisam apenas de um templo simples, que possa acolher os muitos mensageiros espirituais.
Onde esses mensageiros se manifestam?
No templo vivo, que é o próprio médium.
Eis a humildade maior que alguém pode demonstrar diante do Criador: anular a si próprio para que os “Espíritos Santos”, os guias e mensageiros possam cumprir melhor suas tarefas, além de absorver em seus corpos as cargas negativas (para posterior descarga) que acompanham os consulentes. Estes são atos de autoanulação em prol do semelhante que demonstram o que é a mais pura caridade.
Que Oxalá, em toda a sua generosidade, os abençoe sempre, irmãos! Os oráculos vivos um dia terão a sua recompensa no astral.
E com quem eles aprendem tudo isso?
Com os caboclos doutrinadores de Oxóssi, que estão espalhados por todas as sete linhas de Umbanda, atuando em harmonia com os reinos elementares da natureza.
Os espíritos de alta hierarquia são simples e nobres, e gostam da simplicidade do ritual.
Isso é algo que todos deveriam saber.
Oxóssi é isso, e muito mais. É na irradiação benéfica das “matas” que espíritos sofredores são curados, doutrinados e encaminhados às outras linhas de força para que possam caminhar rumo ao Doador
lemanjá, nossa mãe. Rainha do Mar! Senhora da Coroa Estrela da, Orixá Maior doadora da Vida e dona do ponto de força da Natureza, o mar, onde tudo é levado para ser purificado e depois devolvido.
Se um dia ficar provado que a vida começou realmente nas águas, saberemos que foi lemanjá quem nos possibilitou isso, pois, como todos os outros Orixás guardiães dos pontos de força da Natureza, ela também é uma força atuante regida pelas leis imutáveis do Criador do Universo.
Ela não é uma deusa. É um princípio criativo, doador da vida, que só o Todo-Poderoso Criador conhece.
A Gênese Bíblica nos diz que Deus modelou o homem com terra, mas, para fazê-lo, certamente usou água em seu molde.
lemanjá é isto, a Água que nos dá a Vida como uma força divina, força esta que já se manifesta na maternidade.
O nosso corpo é constituído em sua maior parte por líquidos. Sem água, não podemos viver.
O planeta Terra é, na verdade, o planeta Água, porque se constitui de três quartos de água.
Como não ver esta maravilha?
Em verdade, não somos feitos só de pó, mas também de água. Mas, enfim, que cada um olhe o Princípio da Vida como quiser. Isso nada muda! Somos regidos pelas águas. Quando não há água, não há vida, e sem vida nada existe.
lemanjá é isto, o Princípio da Vida, as águas.
Tanto Nanã quanto Oxum são, por muitos estudiosos do assunto, consideradas como desdobramentos do mesmo princípio divino, o elemento Água.
Quando falamos em Luz queremos dizer Vida, pois a Luz Divina é vida ativa, e a Senhora da Luz da Vida é um dos princípios da Criação.
lemanjá, a Guardiã do Ponto de Força da Natureza, o Mar, é o Orixá que tem um dos maiores santuários. As pessoas que vivem onde há muita água são mais emotivas. O próprio princípio, que atua sobre elas com mais força, as toma assim. Os que vivem em regiões secas ou desérticas são menos emotivos e mais cáusticos.
Tudo gira em tomo da Natureza, e nós, como seus dependentes diretos, manifestamos suas influências em nossa maneira de ser.
Quem vive à beira-mar absorve uma irradiação marinha muito forte. Isso o toma mais saudável, menos suscetível a doenças do que quem vive distante do mar. A irradiação marinha, assim como a das matas, é purificadora do nosso organismo.
Tudo isso é lemanjá, princípio criador da Vida e regenerador do nosso planeta.
No campo de atividade dos regentes da Natureza, existem os seres elementares que vivem no eu interior. A vida desses seres não pode ser muito bem explicada porque eles estão em outro campo vibratório, muito mais sutil que o campo dos espíritos, funcionando de modo muito mais etéreo. Irradiam-se mais, pois são concentrações puras de energia .
Sua reprodução aproxima-se a de células e de alguns micro-organismos São sempre iguais e não variam na aparência. Atingem um estágio de desenvolvimento adulto após um tempo muito mais longo que o nosso .
Eles, assim como os espíritos que tem o seu ancestral místico no elemento Água, são regidos pelo princípio de vida atuante que nós chamamos de lemanjá, a mãe da vida.
Os Orixás Menores, aqueles que plasmam uma forma para se aproximar de nós, trazem em si uma integração total com o ancestral místico.
De nada nos adianta negar essa realidade: ou nos integramos no decorrer dos milênios ao nosso dom ancestral místico ou teremos que viver sem um rumo definido, vagando, por milênios.
Negar que existe um plano muito mais sutil que o nosso não responde à indagação que todos fazemos: “De onde viemos, quem somos, e para onde estamos indo?”.
lemanjá é um princípio criador por excelência. Ela não é humana como entendemos tal definição, mas sim um principio que é regido por leis que ainda desconhecemos. O máximo que podemos fazer é tentar entender algumas dessas leis e nos adaptarmos a elas. Então, e
só então, é que um mundo grandioso abrirá suas portas para nós. Aí, sim, começaremos a descobrir a grandeza de Deus.
Falamos que tudo é criação de Deus, e que nós estamos sujeitos às Suas leis. Mas isso não esclarece muito e nos deixa numa situação de meros espectadores da Grande Obra. Mas, quando começamos a conhecer as leis que regem a Criação e sustentam os Seus princípios, adquirimos uma Fé inquebrantável em Deus. Palavras vazias deixam de fazer sentido, não mais precisamos ficar a todo instante clamando por Ele, nem cometendo erros em Seu nome.
Quando conhecemos as leis e forças atuantes, já nos integramos ao ancestral místico, e começamos a vivê-lo ainda na carne e, de todos os elementos, a Água é o mais rico em princípios e leis.
Do mar é que saem irradiações energéticas salinas que purificam o nosso planeta. Do mar também saem energias magnéticas que imantam o globo terrestre, ou o mantém imantado.
Esta é uma ação permanente. O homem não a pode alterar e ela não depende do homem para existir ou atuar. É um princípio divino e como tal age sobre tudo e todos.
A beira-mar, sobre o mar e dentro do mar, existe um plano etéreo da vida que é habitado por muito mais seres que na face da terra. A vida, ali, atinge a casa das dezenas de bilhões de seres regidos pelo “princípio” lemanjá.
Todos estamos sujeitos a leis imutáveis. Quando olhamos o estado de calamidade e miséria a que está reduzido o nosso planeta, ficamos espantados com tanta ignorância.
Tudo se deve ao desconhecimento das leis que regem a Natureza.
Nos reinos elementares aquáticos não existem esses problemas.
Neles a Lei não é desafiada a todo instante por quem quer que seja.
Tudo é regido pelo princípio criador lemanjá, a Rainha do Mar, Guardiã do Ponto de Força da Natureza Aquática.
Quando vemos a alegria das pessoas no contato com o mar podemos sentir a sua energia equilibradora.
Quão melhor não seria se todos conhecessem esse princípio criador como parte do Divino Criador da Vida e o respeitassem mais? Não é preciso endeusá-lo, bastaria não destruí-lo com os males humanos, que não respeitam a Natureza que lhes dá a vida e os sustenta.
O ponto de força do mar, e sua guardiã, não querem ser vistos apenas como objetos para adoração mística. Querem não ser profana dos por aqueles que trazem todos os vícios humanos em seu íntimo.
Essas pessoas maculam o mar com aquilo que têm de pior. Por isso o mar é tão fechado em seus mistérios maiores, revelando apenas seus mistérios menores, e assim mesmo parcialmente. É uma forma de defesa de seus princípios sagrados.
Se todo o poder da magia do mar fosse revelado, os homens o perderiam por ignorância e maldade. Isso já foi tentado uma vez, num passado muito distante.
Desse período nada restou, senão algumas lendas que não explicam por que o mar tragou tudo. Usaram sua energia para o mal, e o preço foi a destruição da maioria dos povos daquele tempo. Os mistérios maiores foram encobertos pelo véu do silêncio. Alguns conseguem penetrar nos seus mistérios menores, e quando isso acontece, são vigiados para que não façam mau uso do seu poder.
Aqueles que usam o seu poder para o mal, logo são envolvidos pelas suas forças e lentamente vão afundando, sem perceberem. Mas aqueles que vão até o mar para descobrir os seus mistérios e utilizá-los em benefício dos seus semelhantes por amor ao Criador, são amados pelo mar e dele recebem a força necessária para continuar sua caminhada.
Quem tem origem no elemento Água e é regido pelo Princípio lemanjá, quando erra no uso do poder mágico do mar, deve ser purificado no sal vivo da Lei.
As entidades que atuam no mar ficam revoltadas quando alguém que conhece os princípios da magia vai até ele para usar a força do seu lado negativo e fazer o mal. Mal este que a pessoa já traz em si, mas que não o demonstra. Então é marcada com o estigma do desprezo, pois o mar é doador da vida, e não da morte ou de maldades.
Muitos, ao verem as festas rituais à beira-mar, tacham-nas como manifestações de atraso cultural ou paganismo. Terão uma bela surpresa após o desencarne e posterior despertar em espírito.
Até quando o mar tragou para o seu fundo impenetrável os mistérios maiores e deixou apenas os menores à disposição dos homens, suas forças eram adoradas como parte do Todo, com muito respeito e profunda reverência.
As colônias que se formavam à beira-mar tinham um respeito místico por esse ponto de força da Natureza, e reverenciavam a sua guardiã como uma deusa: a Deusa do Mar.
Estavam bastante próximos do Princípio lemanjá, mas, por desconhecerem seus mistérios maiores, muitos erraram. Ainda hoje muitos erram no uso de seu poder.
As falanges de espíritos benfeitores da humanidade, aqueles que já não reencamam, sabem como usar a irradiação do mar, sabem como tirar suas essências e fazer “remédios” eficazes contra muitas doenças da matéria e do espírito. Mas, por ignorância dos homens, esses remédios não são revelados. Do mar o homem pode tirar quase tudo o de que precisa para viver!
A quantidade de água dentro do planeta não aumenta nem diminui. Essa quantidade foi estabelecida pelo Criador e colocada à disposição da sua criação. Por ser um dos elementos que compõem a Terra como um planeta, sua quantidade é inalterável.
Façam o que quiserem com a água, e não conseguirão alterar sua quantidade, assim como não conseguirão alterar a quantidade da parte sólida, a terra.
Esse é um mistério que rege nosso planeta. Se todos conheces sem ao menos alguns dos mistérios menores e os respeitassem, este seria um planeta feliz, e o Criador iria nos dar muito mais.
Tolos são aqueles que se apegam às abstrações materialistas, e com isso tentam dominar seus semelhantes. A eles o Mundo Maior fecha seus portais do Saber, e nada revela. Deixa que vivam na ignorância a respeito da natureza do Criador. Em Sua generosidade para conosco, Ele se revela apenas pela Fé; Sua natureza é ocultada.
Muitos vivem se questionando sobre se estão certos ou erra dos ante as Leis Sagradas. Pensam na religião de forma obsessiva.
Apresentam Deus como um ser intocável, e não veem que Ele está à vista, basta olhar à volta e o encontrarão nos próprios semelhantes.
Às vezes por só conhecerem parte de um mistério menor, cometem as maiores afrontas ao Criador, crentes que o estão servindo.
Olhem para o mar e verão Deus. Olhem para os rios e verão artérias conduzindo a essência da vida. Olhem para o mar e começarão a descobrir os mistérios da Natureza. Olhem-no, e conhecerão os seus encantos e magia.
Descobrindo o seu encanto e magia, irão conhecer o outro lado da vida. O mar é alimentador da vida, e para lá se dirigem milhares de espíritos após o desencarne, à procura de paz. Lá encontram um campo vasto para viver em paz.
Tudo isso é lemanjá, a Rainha do Mar, Guardiã do Ponto de Força da Natureza, o Mar.
Mas é muito mais! É também a manifestação do princípio da vida se derramando sobre todos nós, como uma mãe sempre disposta a ouvir os lamentos dos seus filhos.
lemanjá é um Orixá na Umbanda.
Como Orixá, tem sob sua direção milhares de falanges de espíritos que trabalham incessantemente pelo equilíbrio da humanidade.
Quanto àqueles que trabalham no Reino das Águas, tanto no seu lado positivo como no negativo, atuam sempre procurando manter o equilíbrio no astral. Dificilmente encontraremos entidades do seu lado negativo atuando para desequilibrar alguém. Não que não possam ou que não o façam, pois o campo é livre tanto para a direita quanto para a esquerda. Mas, devido à consideração que todos têm para com lemanjá, a mãe acolhedora, geralmente não utilizam os seus aspectos negativos. Se ela é uma mãe ciumenta dos seus filhos, também é uma mãe que não perdoa o erro daqueles que vão até seu ponto de força na natureza, os mares, para fazer o mal.
Que todos os que se interessam pelo Mar comecem a olhá-lo com o respeito merecido, e logo verão como é bom ser bem recebido pelos que lá vivem, ainda que num plano invisível para nós, embora nós não o sejamos para “eles”.
Que a amorosa mãe lemanjá derrame seus fluidos de paz sobre todos os que forem até seu ponto de força, e que possam conhecê-la melhor, para que, assim, possam começar a conhecer melhor o próprio Criador de Tudo e de Todos!